05/11/2009

Joalheria contemporânea agrada curitibanas

A designer de jóias contemporâneas Adriana Beigel, após 13 anos em Portugal, acaba de inaugurar seu ateliê no Brasil. Dona de um senso estético muito peculiar, Adriana agradou em cheio a exigente consumidora curitibana. Suas peças, de grande impacto visual e muita qualidade de linhas, materiais e lapidação, são produzidas em número limitado e, atualmente, estão sendo comercializadas com exclusividade no ateliê da joalheira, no Champagnat.
Adriana trabalhou com Design Gráfico, alta costura em peles, mas foi a Gemologia - área em que atuou fornecendo a indústria joalheira da cidade do Porto, Portugal - que despertou seu interesse pela joalheria. Ingressou para a Escola de Joalheria Contemporânea onde se formou e participou de diversas exposições. Seu trabalho foi elogiado por críticos de arte e designers contemporâneos pelo curto período de tempo com que Adriana alcançou elevado grau de excelência e critério artistico em suas peças.
Em Curitiba
De volta a Curitiba, Adriana pretende trazer um pouco da sua vivência na Europa e do conhecimento adquirido na área. Sua produção respeita o estilo contemporâneo e utiliza ouro, prata e pedras preciosas. Adriana conta que uma peça pode nascer de um projeto pré-concebido, ou simplesmente se revelar artisticamente. “Às vezes desenho a peça e tenho no primeiro traço a idéia clara de como ela ficará pronta. Outras vezes, crio de acordo com meu instinto, ou conforme o que capto do cliente, no caso de jóias feitas sob encomenda e totalmente exclusivas", explica. “Sempre gostei de joalheria contemporânea. A expressão de um joalheiro contemporâneo é ler ou reler o passado ou o momento”, comenta. As jóias seguem tendências de moda, mas obedecem um conceito, por isso são atemporais.
As diferenças
“Há a joalheria tradicional, para o comércio convencional, e há a joalheria de autor”, explica a designer. No primeiro caso, a indústria estuda as tendências de moda e do mercado e as peças são produzidas em larga escala. Já no segundo caso, o joalheiro é um artesão, a jóia é criada a partir de um conceito, quase como uma obra de arte. Para ela, a joalheria contemporânea, também conhecida como joalheria de autor, se encaixa neste segundo perfil. “Ela foge completamente do convencional", diz.
A joalheria contemporânea
Embora o conceito de joalheria contemporânea tenha nascido com os modernistas no início do século passado, nos anos 20 e 30, a arte se fortaleceu nos anos 60, na Europa. Em 1961, no Goldsmith´s Hall em Londres, foi realizada a primeira mostra de joalheria contemporânea. Vários artistas plásticos deram sua contribuição. No mesmo ano, no sul da Alemanha, em Pforzheim, foi inaugurado o primeiro museu que abriga jóias artísticas, o Schmuckmuseum, em 1961.
De lá para cá, muitos designers e joalheiros rejeitaram símbolos conservadores e surgiram jóias com materiais sintéticos e reciclados. Os anos 80, conhecidos como a década do design, foram preciosos para a joalheria. No mundo todo, foram utilizados os mais distintos materiais, desde linhas e fios trançados em tricô e crochê, pedras brutas, à incorporação de elementos exclusivos como impressões digitais, folhas, lembranças afetivas, entre outros objetos.
Os dias de hoje
O novo milênio foi antecipado por muitos como a era da linha pura e da alta tecnologia. Isso realmente ocorreu, porém, algo mais curioso pode ser observado nos dias atuais. Além de características de todos os períodos serem aceitas na joalheria contemporânea, há muito a ser inovado. “Faz-se muita releitura do que já foi criado, mas, sem dúvida, há muito a se criar”, conclui.

Nenhum comentário:

Postar um comentário