28/05/2015

Arranjos Produtivos Locais de TI do Sudoeste apostam na modernização da gestão

Responsáveis por 25% dos Arranjos Produtivos Locais (APLs) do Paraná, as empresas de Tecnologia de Informação (TI) do Paraná estão em busca de modernização da gestão. Os seis APLs de TI do Estado, do total de 24 de outros setores existentes no Estado, somam 354 empresas, entre micro, pequenas e médias, e são responsáveis pela geração de cinco mil empregos, mas encaram alguns problemas de gestão que precisam ser superados. Elas produzem, em sua maioria, softwares de gestão e aplicativos, marketing digital, websites, tecnologia de nuvem, aplicativos móbile e realidade aumentada, entre outros. O consultor Cicero Caiçara Jr, da Primazia Consultores Associados, avalia que em geral as empresas de TI do Paraná são gerenciadas por técnicos e especialistas em desenvolvimento de software e, portanto, necessitam de capacitação de gestão. A Primazia acaba de firmar parceria com a Assespro-PR para capacitar líderes das empresas de TI, utilizando o Modelo de Excelência em Gestão (MEG). Esse programa já foi implantado nos APLs de Maringá, Londrina e Curitiba, entre 2007 a 2009, e agora alcançarão os Arranjos Produtivos Locais dos Campos Gerais, Iguassu IT (Oeste do Paraná) e Sudoeste do Estado. O executivo da Rede APL TIC da Assespro-PR, Jefferson Bellenda, afirma que o APL do Sudoeste, bem como os outros cinco existentes no Estado, estão focados em metodologias padronizadas que ajudam as empresas a atingirem o nível de excelência em sua forma de gerenciar. “Nesse sentido, quanto mais uma empresa consegue cumprir os parâmetros e fundamentos de um determinado modelo, maior o grau de maturidade dessa empresa rumo à excelência da gestão. Em geral, as empresas que atingem maior nível de maturidade dentro de um Modelo de Excelência em Gestão ganham maior reconhecimento da sociedade e maior probabilidade de serem premiadas nos diversos prêmios em qualidade existentes”, diz. Sistema de governança Os APLs do Sudoeste do Estado trabalham com um sistema de governança formado por representantes dos núcleos empresarias das cidades-polo da região, como Pato Branco, Francisco Beltrão, Dois Vizinhos e Fronteira, este último município ainda com seu núcleo em processo de criação. Segundo Bellenda, os APLs do Sudoeste ainda estão aprendendo sobre o sistema de governança e devido a isso os planejamentos estratégicos dos Arranjos Produtivos Locais da região estão atrasados. Ainda segundo Bellenda, após a reestruturação por governança, os APLs ainda não possui um modelo sustentável de obter recursos financeiros e as ações regionais precisam ser viabilizadas por projetos com o apoio do Sebrae ou em contrapartida das empresas participantes. Além disso, os APLs do Sudoeste têm uma logística diferenciada e enfrentam também problemas de locomoção entre cidades e a dificuldade de reunir todos os associados. De acordo com Bellenda, foi por esse motivo que houve ajustes para que os núcleos façam os trabalhos locais de sua cidade e microrregião e as reuniões da governança aconteçam somente com os representantes dos APLs, facilitando a participação de todos.

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