19/08/2013

Os percalços da tradução são discutidos no Litercultura

Os tradutores Christian Schwartz e Lawrence Flores Pereira participaram da sessão do Litercultura – Festival Literário Curitiba 2013 que discutiu tradução. Como traduzir e inovar, respeitando a excelência da poesia e da prosa originais? Quem não é poeta é um bom tradutor de poesia? Tradutor vira autor? Foram essas e outras perguntas que os dois participantes do bate-papo, mediado pelo curador do Festival Mário Hélio, tentaram responder. Quando um mesmo livro é traduzido por mais de um tradutor, em geral, as dúvidas costumam aparecer no mesmo ponto do texto. “Quando estou com alguma dúvida vou procurar como outro tradutor resolveu o problema para ter idéias. Em geral, percebo que o trecho foi suprimido… Traduçòes para outras línguas também costumam ajudar nessa hora”, afirma Christian Schwartz, estudioso da língua e literatura francesas na Universidade Paris IV (Sorbonne), na França. Cursou pós-graduação em literatura na University of Central England (UCE), em Birmingham, Inglaterra, o que culminou num mestrado em estudos literários pela UFPR. Traduziu autores como Philip Pulmann, Xinran, Matt Haig, Lou Reed, Philip Roth e Sam Shepard. É professor de produção de texto, literatura e pesquisa em comunicação na Universidade Positivo (UP), em Curitiba. Na área do jornalismo trabalhou em revistas como Placar, Quatro Rodas e Veja, da qual foi correspondente na Amazônia. L awrence Pereira é poeta, tradutor e ensaísta gaúcho. Atua como professor na Universidade Federal de Santa Maria. Traduziu T. S. Eliot, Wallace Stevens, Emily Dickinson, e diversos outros poetas. Traduziu e montou, com Kathrin Rosenfield, Antígona, de Sófocles, e Hamlet, de Shakespeare, e está finalizando a sua nova tradução de King Lear, feita ao longo do ano passado junto ao Renaissance Center na Universidade de Massachusetts. “Eu leio muito mais poetas estrangeiros que brasileiros. Porém João Cabral de Melo Neto é um poeta que influiu muito na minha tradução de Shakespeare. Se poeta é melhor tradutor de poesia? Pereira não fecha questão. “Conheço muitos não poeta que são bons tradutores. Porém, o fato é que quando você é poeta está em contato contínuo com poesia, está ligado a ela.

Ana Maria Machado e Sílio Boccanera no Palácio Garibaldi

Palavras, palavrinhas e palavrões. O tema da primeira sessão da noite de sábado do Litercultura – Festival Literário Curitiba 2013 arrancou risos e provocou reflexões na plateia atenta que compareceu ao Palacete Sociedade Garibaldi. A conversa entre a escritora Ana Maria Machado e o jornalista Sílio Boccanera durou uma hora. Nos depoimentos no final da sessão a reportagem do site Litercultura ouviu o público para saber quais as impressões que ficaram do encontro. “Sou escritora por causa dela. Sou pesquisadora de literatura infantil por causa dela. Isso aconteceu por causa de “História meio ao contrário” , livro no qual ela rompe com a expectativa dos contos de fada”. Celina Cristina da Silva, escritora “Achei interessante a abordagem sobre a percepção do estrangeiro com relação à língua portuguesa. O público riu muito quando ela citou o exemplo da inglesa que quis transformar uma frase para se referir a um ser masculino. Em vez de dizer: “ele era boa pinta”, disse “ele é um bom pinto”. Carla Berwig, profissional de letras “ Por que paralelepípedo não é palavrão? Essa pergunta de uma criança, citada pela Ana Maria, ficou na minha cabeça”. Margarida Izabel Cristina Cesar, professora “Quantas vez usamos palavras que não tem o sentido real. Apertar o cinto, por exemplo. Durante a sessão foram citados vários exemplos…” Glauco Gavinho, engenheiro químico

Escritor português Gonçalo M. Tavares fez sessão no Litercultura neste sábado

O premiado escritor Gonçalo Tavares, que tem mais de 220 traduções de suas obras, em 45 países, abriu as sessões da tarde deste sábado, 17 de agosto, no festival literário Litercultura, em Curitiba. Para quem considera a literatura de Gonçalo Tavares um tanto fria ele diz que prefere provocar menos surpresas e transmitir emoções mais perenes. “Não acredito na emoção dos programas de TV em que o apresentador chora. É uma emoção violenta, mentirosa. Cinco minutos depois ele está rindo”, afirmou Gonçalo ao responder uma pergunta do mediador Flávio Stein. Ao responder uma pergunta sobre seu processo criativo disse que quando escreve não atende telefone. “Para conversar comigo meus pais colocam um bilhete por debaixo da porta. Se nos encontramos, por acaso, na cozinha quando faço um intervalo para um café, eles já nem me dão bom dia. O mundo da escrita para mim é quase hipnótico”. Gonçalo resgatou seu cotidiano para explicar porque acredita que muitas vezes é mais fácil se defender dos inimigos do daqueles que nos amam. O escritor, que está com 43 anos e teve seu primeiro livro publicado em 2001, prefere escrever pela manhã porque considera estar em seu melhor estado de lucidez. Gonçalo falou em lucidez em mais um momento da sessão, ao abordar a transformação que a literatura pode provocar. “Não penso em alteração, penso em lucidez. Lucidez é perceber o que acontece ao redor. Saber que se foi violento com alguém, perceber isso”, comentou ao se referir ao tema que norteou a conversa “O Bairro e o Reino, o Mal e a Ficção”. As sessões que aconteceram ao longo da tarde tiveram as presenças dos escritores Miguel Sanches Neto, com mediação de Sidney Rocha. O tema do bate-papo foi “O Escritor como leitor, estratégias e obsessões de leitura de quem produz literatura”. Em seguida Cristovão Tezza respondeu as perguntas do mediador Christian Schwartz que discutiram o impacto das leitura na formação do leitor e do escritor. Um debate sobre quadrinhos com José Aguiar,Antonio Eder e Fulvio Pacheco abordaram tópicos relacionados a adaptações literárias. No início da noite Ana Maria Machado, conversou com Sílio Boccanera, num bate-papo intitulado Palavras, palavrinhas, palavrões.

Litercultura abre com sessão do autor argrentino canadense Alberto Manguel

O paraíso ou inferno podem estar bem mais próximos do que imaginamos. O ensaísta e escritor de ficção Alberto Manguel valeu-se dessa ideia ao construir a resposta para a pergunta “Como a Literatura pode tornar o mundo melhor?”, tema da conferência de abertura do Festival de Literatura – Litercultura na sexta-feira (16). “Começo por Borges, sempre ele”, disse um bem-humorado, Manguel. Como se esse fosse seu destino... Como foi seu destino conhecer Jorge Luis Borges, nascido na Argentina como ele, que depois de tornar-se cego passou a enxergar o mundo pelas palavras lidas em voz alta por Manguel. O escritor citou Borges porque era ele quem dizia que os únicos paraísos são os paraísos perdidos... Pensava também que o paraíso deve ser uma espécie de biblioteca. É provável que o comentário tenha inspirado Manguel, que montou uma biblioteca pessoal num presbitério medieval francês, onde reside. Exemplos de autores clássicos permearam a conferência do escritor que, mais uma vez, mostrou seu perfil atuante, que prefere a literatura de protesto. Fez crítica à publicidade que promete o paraíso e ao estado de terror que cria regimes ditatoriais. “Não existe garantia de segurança para nenhum país, em nenhum momento. Por atos de abuso de poder pode-se impor a censura, modificar leis. Por isso ser leitor é quase uma obrigação de memória e escrever também, disse numa referência à pergunta tema da conferência. Antes de Manguel iniciar a palestra a diretora geral do Litercultura, Manoela Leão, fez a abertura do evento. “ O Festival não é feito somente para os amantes da boa leitura, mas também dos quadrinhos, do cinema, da artes”, afirmou. Já o curador Mário Hélio Gomes apresentou o conferencista, citando a “identidade fluída” de Manguel que viveu em várias partes do mundo. Embora tenha nascido na argentina, Manguel é canadense, Passou a infância em Israel, onde seu pai era embaixador argentino. Em 1968 transferiu-se para a Europa e, à exceção de um ano em que esteve de volta a Buenos Aires, onde trabalhou como jornalista para o La Nación, viveu na Espanha, na França, na Inglaterra e na Itália, ganhando a vida como leitor para várias editoras.

16/08/2013

Versadas oferece cursos de Gestão da Casa e Culinária para domésticas

A Versadas promove treinamento de Gestão da Casa e Culinária para empregadas domésticas a partir desta segunda-feira, 19 de agosto até 23 de agosto. O curso de Gestão da Casa dá orientações sobre ética, disciplina, comportamentos adequados, sustentabilidade, higiene e manipulação de alimentos, lavanderia e passadoria, arrumação de mesas para dia-a-dia e ocasiões especiais, noções básicas de primeiros socorros, cuidados com pets, logística das tarefas diárias, semanais e mensais, organização geral e específica, técnicas de limpeza – geral e específica. Além da gestão da casa, o curso oferece aulas de culinária trivial sofisticada. Os investimentos são de R$ 1.200,00 (treinamento completo - Culinária, R$ 600,00 e Gestão da Casa, R$ 600,00) e R$ 150,00 a aula avulsa. Informações e inscrições pelo telefone (41) 3078-3312. Versadas - Rua Desembargador Costa Carvalho, 312, Batel, Curitiba.

Abertas inscrições para o curso de liderança da Master Mind em Curitiba

Estão abertas as inscrições para o curso de Liderança, Inteligência Interpessoal e Comunicação Eficaz (LINCE) da Master Mind, que será realizado no Hotel Lizon, em Curitiba. O treinamento começa dia 22 de agosto com início às 19 horas e cada encontro terá duração de quatro horas. No total serão 12 encontros, com treinamento ministrado pelo terapeuta comportamental e sócio-proprietário da Master Mind Giovani Capri. Mais informações e inscrições podem ser feitas na Bridge Recursos Humanos pelo telefone (41) 4106 4830 ou pelo e-mail adm@bridgerh.com.br

15/08/2013

Ingressos para o Litercultura podem ser retirados na Sociedade Garibaldi a partir desta sexta

A partir desta sexta-feira, 16 de agosto, até domingo, 18 de agosto, os ingressos para o festival literário Litercultura poderão ser retirados gratuitamente na Sociedade Garibaldi. O Litercultura começa nesta sexta e vai até o próximo domingo na Sociedade Garibaldi, mas terá vários eventos paralelos em outros locais do centro histórico. Confira a programação em www.litercultura.com.br