16/07/2015

Rússia quer ampliar comércio bilateral com o Brasil

A Rússia está interessada em ampliar suas operações de importação e exportação com o Brasil e tem criado novas oportunidades para empresas brasileiras que desejem atuar no mercado russo. A convite do governo russo, empresários de Curitiba estiveram recentemente em visita àquele país para conhecer algumas dessas oportunidades. O governo do estado russo de Vologda recebeu no final de março os visitantes na capital, Vologda (com o mesmo nome do estado, a 430 quilômetros de Moscou) para apresentar algumas possibilidades de negócios. Entre elas, o investimento de empresas brasileiras em indústrias locais e a possibilidade de participação societária em um sistema cooperativo de produção. A diretora da BRU Importadora, Alessandra Serednyakova, que esteve entre os visitantes recebidos pelo vice-governador de Vologda, Guslinsky Nikolay Eugenievich, ressalta que esse modelo é especialmente interessante para frigoríficos já homologados pelo governo russo, pois permite a entrega de carne brasileira nas cooperativas sem algumas taxas de importação. Outro empresário presente ao encontro, o diretor da empresa curitibana G. Stein e Kluber, Rafael Guertzenstein, afirma que um dos atrativos do mercado russo para as empresas brasileiras é a condição dos dois países serem membros da BRICS (Grupo político de cooperação). A Rússia tem se aberto aos produtos brasileiros, colocando-se como um mercado de enorme potencial de crescimento para os negócios bilaterais. “A participação acionária de empresas brasileiras, possibilitará a abertura de novos centros de distribuição em território russo. Isso facilitará muito a entrada dos nossos produtos na Rússia”, diz Serednyakova, apontando para produtos como carnes, laticínios e farináceos como aqueles que podem interessar especialmente as empresas paranaenses. Em visita ao Ministério da Agricultura em Moscou, ficou claro que o governo russo e também o governo local de Vologda estão oferecendo incentivos às empresas brasileiras para esses investimentos, além de orientarem quanto ao melhor direcionamento dos produtos brasileiros no mercado da Rússia. Serednyakova acredita que o investimento nas cooperativas russas dá vantagens adicionais aos empresários brasileiros, que poderão ganhar não apenas com a venda de seus produtos no exterior, mas também com a participação nos lucros finais das cooperativas das quais forem acionários. Assim como no Brasil, onde o sistema de cooperativas alcançou alguns níveis de excelência, o cooperativismo tem se desenvolvido na Rússia, abrindo oportunidades para novos investimentos. Em 2014, o volume corrente do comércio bilateral Brasil-Rússia passou dos US$ 6,8 bilhões. O investimento em indústrias e cooperativas pode ajudar a aumentar significativamente esse número.

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